Farinha de inseto em dietas de alevinos de tilápia

Resumen

O objetivo do estudo foi avaliar o desempenho zootécnico, somático e parâmetros hematológicos de alevinos de tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus, alimentados com dietas contendo níveis crescentes de inclusão de farinha de inseto (FI) (Nauphoeta cinerea). Foram utilizados 360 alevinos de tilápia do Nilo, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições, denominados: T0 (0% de inclusão de FI), T5 (5% de inclusão de FI), T10 (10% de inclusão de FI), T15 (15% de inclusão de FI), T20 (20% de inclusão de FI), e um tratamento denominado T6, onde os alevinos eram alimentados com ração comercial com 42% de proteína bruta. Aquários com volume útil de 30 litros foram utilizados como unidades experimentais com densidade de estocagem de 2,73 peixes.m-3 e peso inicial de 2,84±0,35 g. Ao final de 42 dias de cultivo não foi observado diferença significativa entre parâmetros de peso final (g), ganho em peso (g), sobrevivência (%), biomassa final (g·aquário-1), produtividade (kg·m-2), conversão alimentar aparente, taxa de crescimento específico (%·dia-1), índice hepatossomático (IHS), índice viscerosomático (IVS), parâmetros eritrocitários e leucocitários nos diferentes tratamentos. Por sua vez, as concentrações de proteína plasmática total foram superiores nos peixes alimentados com as dietas com 10, 15 e 20% de inclusão de FI, quando comparado com tratamento controle (T6) e com 5% (T5) (p<0,05). De acordo com nossos resultados, a farinha de inseto pode ser empregada como ingrediente proteico alternativo, pois não causou prejuízo no desempenho dos alevinos de tilápia do Nilo.