Dietas para ovinos contendo capim elefante maduro e raspa de mandioca: estimativa de digestibilidade aparente por meio de indicadores

Resumen

Objetivou-se a avaliar a estimativa da digestibilidade aparente (DA) em dietas para ovinos por meio dos indicadores internos MSi (matéria seca indigestível), FDNi (fibra em detergente neutro indigestível) e FDAi (fibra em detergente ácido indigestível) e o indicador externo LIPE®. Utilizou-se oito ovinos machos Santa Inês, castrados, fistulados no rúmen, com peso médio corporal de 50 kg. Os animais receberam dietas a base de raspa de mandioca e do capim elefante maduro (120 dias). Os indicadores internos (MSi, FDNi e FDAi) foram estimados após 288 horas de incubação in situ das amostras de alimentos e fezes. O indicador externo LIPE® foi fornecido na forma de cápsulas na dosagem de 250 mg/animal/dia. Os resultados de DA estimados pelo indicador externo LIPE® diferiram estatisticamente (P<0,05) dos determinados pelo método da coleta total de fezes e pelos indicadores internos, FDNi e FDAi, observando-se maiores coeficientes de digestibilidade para o indicador externo para as variáveis MS (matéria seca), MO (matéria orgânica), com exceção do tratamento com capim elefante maduro e, PB (proteína bruta) com exceção do tratamento controle e dos nutrientes CNF (carboidratos não fibrosos), CHOT (carboidratos totais) e NDT (nutrientes digestíveis totais) para todos os tratamentos. Não foi observada diferença estatística (P>0,05) entre o método da coleta total de fezes e os indicadores internos FDNi e FDAi. Os indicadores internos FDNi e FDAi podem ser utilizados em estudos de digestibilidade em ovinos, pois, permitem estimar de forma semelhante ao método da coleta total de fezes.