1,25-dihidroxicolecalciferol de origem herbal (Solanum glaucophyllum) mantém o desempenho e a qualidade óssea de frangos de corte fêmeas durante restrição de cálcio e fósforo

Resumen

A utilização de 1,25-dihidroxicolecalciferol (1,25(OH)2D3) vem sendo estudada como alternativa para reduzir os níveis dietéticos de cálcio (Ca) e fósforo (P) sem prejuízo para o desempenho e com manutenção da qualidade óssea de frangos. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar o melhor nível de inclusão de 1,25(OH)2D3 de origem herbal (Solanum glaucophyllum) para frangos de corte fêmeas restritos em Ca e fósforo disponível (Pdisp). Para isso, 684 pintainhos de corte fêmeas de um dia foram pesados individualmente e distribuídos em um delineamento em blocos casualizados com seis tratamentos e seis repetições de 19 aves. Os tratamentos consistiram em uma dieta controle (DC): dieta à base de milho e farelo de soja, atendendo às recomendações nutricionais; uma dieta controle negativo (CN): dieta controle contendo redução de 15% nos níveis de Ca e Pdisp; e quatro CN suplementadas com 0,5; 1,0; 1,5 ou 2,0 μg de 1,25(OH)2D3/kg ração. As variáveis ósseas foram analisadas aos 21 e 33 dias de idade, e o desempenho aos 42 dias. O menor consumo de ração (P<0,05) foi verificado para frangos restritos e sem suplementação de 1,25(OH2)D3, sendo um efeito isolado sem interferência no ganho de peso e conversão alimentar. A adição de 1,25(OH2)D3 às rações não reverteu os valores de cinza de tibiotarsos de frangos de corte fêmeas restritos aos 21 dias em relação ao controle positivo, porém promoveu manutenção da qualidade óssea e bem-estar das aves observada pela ausência de efeito nas demais variáveis ósseas. E, aos 33 dias foi verificado maior peso de osso para tratamentos suplementados com vitamina D3 ativa de origem herbal. E, ainda, o CN+2,0 μg de 1,25(OH)2D3 apresentou maior conteúdo de cinza (P<0,05) em comparação ao controle positivo.