Efeitos de inoculantes microbianos e do subproduto da produção de aminoácidos sobre a fermentação, composição química e estabilidade aeróbia da silagem de milho

Resumen

O uso de inoculantes microbianos no Brasil vem aumentando nos últimos anos, embora com resultados conflitantes. Objetivou-se avaliar os efeitos da adição de um subproduto da produção de aminoácidos ou inoculantes microbianos sobre as características fermentativas, bromatológicas e estabilidade aeróbia da silagem de milho. Os tratamentos foram: Controle (silagem de milho sem aditivo), SPA (silagem de milho com adição de 1 % de subproduto da produção de aminoácidos), Pioneer (silagem com inoculante bacteriano Pioneer 1174®, contendo S. faecium e L. plantarum) e Mercosil (silagem com inoculante bacteriano Mercosil Mais 11C33®, contendo L. buchneri, L. plantarum e E. faecium). Os teores de MS, CHOs e DIVMS não foram alterados (p>0,05) por nenhum dos aditivos. O tratamento com o SPA aumentou (p<0,05) o teor de PB da silagem de milho em 23,0 %, resultando em queda (p<0,05) de 36,3 % nos teores de NIDA. Ainda, o SPA diminuiu (p<0,05) as concentrações de FDA e de FDN, sendo que o inoculante Mercosil diminuiu os teores de NIDA e FDA. Os aditivos promoveram adequado padrão de fermentação frente aos valores de pH (3,48 a 3,54) e de nitrogênio amoniacal (11,1 a 13,3 % do N-total) excetuando o tratamento com SPA que aumentou o N-NH3 em 88,3 %. As menores perdas fermentativas foram observadas nas silagens controle, SPA e no Pioneer em relação ao Mercosil, sendo que o Mercosil aumentou em 49,7 % a concentração de ácido acético em relação ao grupo Controle. Os aditivos não tiveram nenhum outro efeito sobre as características fermentativas (etanol, ácidos propiônico, butírico e lático) ou de estabilidade aeróbia. Concluiu-se que o aditivo SPA pode ser adicionada à silagem de milho para melhorar somente sua composição bromatológica. Mercosil e Pioneer tiveram limitados efeitos em melhorar as características fermentativas da silagem.