Leveduras vivas e mananoligossacarídeos para prevenção de acidose ruminal subaguda

Resumen

A utilização de dietas ricas em concentrado, principalmente grãos, comumente é adota em sistemas intensivos de produção, visando aumentar a produtividade. No entanto, essas dietas ricas em carboidratos rapidamente fermentáveis no rúmen estão relacionadas ao desenvolvimento de alterações metabólicas como, a acidose ruminal subaguda. Esse distúrbio se desenvolve, principalmente, pela acumulação excessiva de ácidos orgânicos no rúmen, os quais causam a queda do pH ruminal (<5,8). O ambiente ácido no rúmen, causa a lesões no epitélio ruminal, assim como e a morte de bactérias Gram-negativas susceptíveis ao meio ácido, com a consequente liberação de lipopolissacarídeos (LPS), compostos tóxicos para o hospedeiro. A translocação dos LPS para a corrente sanguínea provoca uma resposta inflamatória, que afetam o desempenho produtivo dos animais e acarretam importantes perdas econômicas. As inclusões de aditivos alimentares na dieta, tornam-se um ponto chave para reduzir a severidade da acidose ruminal. Aditivos como os probióticos (leveduras vivas, Saccharomyces cerevisiae) e prebióticos (mananoligossacarídeos), são utilizados na nutrição de ruminantes visando melhorar a digestão dos nutrientes, o desempenho do animal e reduzir o risco de acidose ruminal. Entre os principais benefícios mencionados na literatura com o uso destes aditivos, destacam-se a inibição de bactérias produtoras de lactato, melhorar a estabilidade do pH ruminal, evitando lesões da mucosa gastrointestinal e promover a remoção de moléculas tóxicas que causam inflamação. Assim, estes aditivos podem contribuir a melhorar o desempenho e a saúde do animal.