Forragens taniníferas na produção de caprinos e ovinos

J.L. Silva, A. Guim, M.A. Ferreira, L.F.P. Soares

Resumen


Os taninos são um grupo complexo de compostos polifenoicos, oriundos do metabolismo secundário das plantas. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento de informações sobre os efeitos da utilização de forrageiras taniníferas sobre os parâmetros ruminais, consumo e digestibilidade dos nutrientes, ganho de peso e características de carcaça, produção e composição do leite, produção de lã e atividade anti-helmíntica em ovinos e caprinos. Em concentrações moderadas (20-40 g/kg de MS), os taninos condensados reduzem a degradação ruminal da proteína dietética e aumenta o fluxo pós-ruminal de aminoácidos essenciais. Em dietas ricas em tanino (> 50 g/kg de MS) ocorre formação de complexos insolúveis principalmente com a proteína da dieta, com prejuízos à digestibilidade dos nutrientes, redução no consumo voluntário devido à adstringência da dieta, além de prejuízos à atividade microbiana e eficiência digestiva ruminal. Na presença de taninos condensados solúveis, espécies bacterianas ruminais responsáveis pela atividade de endoglucanase e bactérias metanogênicas são afetadas. Para se atenuar os efeitos dos taninos e outros compostos secundários em forrageiras tropicais e temperadas tem sido utilizado o polietileno glicol (PEG). Os efeitos positivos são caracterizados por aumento na produção de leite, alteração do perfil lipídico do leite e da carne, crescimento de lã e ganho de peso. As infecções parasitárias são reduzidas na presença de taninos por reduzir a disponibilidade de nutrientes para os nematoides, complexação dos taninos à cutícula glicoproteica dos vermes e efeito tóxico sobre a mucosa abomasal e intestinal. Sugere-se que concentrações de taninos não ultrapassem 6-7% da matéria seca da dieta. Assim, há necessidade de novas pesquisas voltadas a esclarecer questões relacionadas com esse tema.

Palabras clave


Polímeros polifenoicos. Consumo. Efeito anti-helmíntico. Fator antinutricional. Proteína.

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DOI: https://doi.org/10.21071/az.v65i252.1933

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ISSN: 1885-4494

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