Balanço de gases de efeito estufa em sistemas de produção de bovinos de corte

Resumen

A presente simulação foi desenvolvida com o objetivo de estimar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) em diferentes sistemas existentes, bem como o sequestro pelas áreas utilizadas como pastagem. Foram criados quatro cenários hipotéticos de propriedades que trabalham com bovinos de corte, sistema em áreas de pastagens degradadas, com índices equivaentes à média brasileira (SMB), sistema em áreas de pastagens bem manejadas (SMP), sistema de cria e recria em áreas de pastagens bem manejadas e a terminação ocorreu em confinamento (SMC) e sistema em áreas de pastagens bem manejadas com suplementação proteico-energética (SIP). As fontes de GEE consideradas foram metano entérico e fecal, óxido nitroso oriundo dos dejetos e dióxido de carbono oriundo das atividades agrícolas e de suplementação dos animais. Foram utilizadas equações para estimativa da produção de GEE, que se baseiam na qualidade da dieta, no desempenho dos animais e na duração de cada ciclo, utilizando-se a metodologia do IPCC (descrever as siglas e indicar o ano), nível 2. O SMP apresentou a maior emissão com 199 748,72 t CO2eq, seguido do SMB, SMC e SIP, com 151 012,17, 125 356,63 e 102 418,01 t CO2eq, respectivamente, por ciclo de produção, sendo que a duração destes foram de 42, 30, 24 e 18 meses, respectivamente. Contudo a emissão de CO2eq individual foi maior no SMB, com 259,23 t CO2eq/animal. A relação entre a emissão de CO2 e a produção de carcaça também foi menor nos sistemas mais intensificados. A adoção de sistemas mais intensivos de produção, com a adoção de sistema de confinamento ou suplementação durante todo o ciclo, se mostrou mais eficiente, tanto produtivo quanto ambientalmente, por reduzir a emissão de GEE e aumentar a produção por área.